domingo, 25 de abril de 2010

Cravos e lágrimas

Apesar de eu não ter vivido o 25 de Abril, não fico surpreendida ao ver velhotes emocionados, de braço no ar, gritando a plenos pulmões "25 de Abril sempre!", tal como vi hoje.
Nós, os mais novos, não temos termo de comparação entre o antes e o depois da Revolução dos Cravos (o que sabemos devemos às aulas de História e aos episódios contados por pais e avós). Já os mais velhos, os que viveram o antes e assistiram à mudança, os que sofreram e viram sofrer com a ditadura, é mais do que natural que chorem ao recordar esta data. Pelo menos, eu assim acho.

"25 de Abril sempre!"

sábado, 24 de abril de 2010

Retomar vícios antigos

A vida tem cada coisa que às vezes até me espanto.
Há mais de cinco meses que eu nem sequer entrava no twitter. Goste-se ou não, aquilo é o que é e dá para a malta ocupar os tempos mortos (e no ano passado, durante todo o meu desemprego, a minha vida tinha muitos tempos mortos e o twitter tornou-se a minha companhia preferida).

Mas o que quero dizer é que hoje voltei ao twitter e qual não foi a minha surpresa quando, passados apenas 2 minutos de ter escrito uma frase parva e sem interesse (como, de resto, foi quase tudo o que até hoje lá escrevi), tinha quatro ou cinco pessoas com quem costumava falar diariamente a perguntarem como eu estava, porque tinha desaparecido, a quererem saber do meu trabalho, etc... E onde está a estranheza, perguntam vocês (as três pessoas que me lêem)? Está no facto de pessoas que nunca me viram e que nem sequer me conhecem a voz, mostrarem algum tipo de interesse em saber como eu estou e dizerem (quero acreditar que sinceramente) que folgam em saber que estou bem e a adorar o trabalho. Coisa que os amigos (ou pelo menos eu penso que o são) que vivem mesmo ao lado e me encontram frequentemente não fazem.

Dá que pensar, não dá? A mim está a dar-me. Talvez até demasiado.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

É por imagens como esta...


...Que vale a pena perder mais um bocado de tempo no caminho para casa.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Não foi escrito por mim mas podia ter sido

(A menos que tenha uma excelente visão, é mesmo aconselhável clicar na imagem para conseguir ler.)


Porque este texto me fez sorrir e, infelizmente, pensar "sim, isto acontece mesmo". Talvez a melhor publicidade da Sumol nos últimos anos.
E eu até gosto de Sumol de Ananás.

Não há título para isto.

Por mais que tente, não consigo compreender como certas pessoas chegaram ao lugar onde estão hoje. É que não consigo mesmo.
Eu até aceito que as pessoas não tenham grandes ambições na vida, o que não 'me entra' é que façam mal o seu trabalho e isso não as incomode.
Haja paciência. Quilos dela.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Finalmente!


Este é um post completamente publicitário. Passo a explicar... Há muito que admiro profundamente o Belmiro (sim, o de Azevedo) porque a marca Continente apresenta um cada vez maior rol de produtos da sua marca muito idênticos aos das marcas 'originais' mas mais baratos, sendo alguns até de melhor qualidade.

No entanto, também há já muito tempo que eu apontava uma grande falha ao Belmiro... "Então mas o homem não percebe que as bolachas Fruit & Fit são óptimas e que a Proalimentar vende as ditas 'a pontapés', apesar do preço escandaloso??", pensava eu. Até que, há uns dias, tchanan! "Fruit & Shape do Continente?! De maçã e canela e de frutos silvestres?!" Obviamente, o meu contentamento está relacionado com o preço que, como não podia deixar de ser, é mais apetecível (menos 20 cêntimos) e com o facto de as bolachas serem iguais às da Proalimentar. Ah! E as embalagens do Belmiro ainda têm mais 18 gr que as outras... E estes são argumentos mais que suficientes para mim.



Muito obrigada, Belmiro, por permitir que eu continue a saborear as belas das bolachas e, simultaneamente, consiga poupar uns cêntimos.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Acaba depressa, dia.

Sabem aqueles dias em que só apetece mandar tudo à m****?

domingo, 18 de abril de 2010

Eu quero voltar a ser adolescente e dormir 14 horas seguidas!

Bem, se ontem me deixei levar pelo ócio (tão bem desculpado pelo cansaço), hoje não tive hipóteses e tive que me atirar às tarefas domésticas. Mas nada de exageros, que se há coisa que detesto é armar-me em dona de casa à força. Limpei a casa de banho, limpei a cozinha, fiz comida para três dias e estendi roupa de duas máquinas (dentro de casa, que o S. Pedro parece que se anda a divertir a mandar água com fartura cá para baixo). Além disso, tirei o aspirador da despensa e, como sempre ouvi dizer que o que conta é a intenção, acho que me portei muito bem.

Agora, e ao contrário do que aconteceu ontem, o mau humor já se instalou (já referi aqui que não suporto os domingos?). Até porque dormi mal, mas mal. Descobri que, habituado que está o meu organismo a acordar tão cedo e durante longas jornadas, às 07h00 já estava de olhos abertos e sem conseguir voltar a fechar a pestana de maneira nenhuma. Ou seja, cansada mas sem conseguir ficar mais tempo na cama, resolvi atacar as limpezas... Que depois me deram sono. Espectacular.

Mas o cansaço também deve ter a ver com a luta matinal que travei na cozinha com uma mosca que, tendo em conta o tamanho, mais parecia uma barata. E depois fiquei a pensar na hipótese de o Dum-Dum, depois de pairar por ali, ter entrado na torradeira e ser prejudicial (sim, dúvidas parvas todos temos de quando em vez). Entretanto, descansei. Ele já comeu torradas hoje e não esperneou durante um minuto como a mosca-com-tamanho-de-barata na bancada da cozinha.

E é isto. (Eu nunca disse que a minha vida era interessante.)

sábado, 17 de abril de 2010

Folga com sabor explosivo


O dia está realmente a correr bem! Quando regressou de viagem há dois dias, Ele trouxe-me vários pacotes de Peta Zetas, guloseima que fez parte da minha infância e da qual continuo a gostar tanto.
Digam o que disserem, isto foi realmente uma grande invenção e só acho chato ser difícil hoje em dia encontrá-las à venda.

Impressionante como aqueles pequenos 'cristais' podem ter reacção tão divertida quando os metemos na boca. Parecemos uma garrafa de coca-cola acabada de ser aberta.
E agora há tanta variedade (ou pelo menos eu não me lembro de naquele tempo existirem tantos tipos de Peta Zetas)... São as que deixam a língua azul, as que se transformam em pastilha, as que sabem a coca-cola, as especiais para bolos e bolachas...

Na quinta-feira acho que nem me lembrei de as comer, tal era o sono que tinha. Mas hoje não lhes dei hipótese, só faltam as pipocas para parecer sala de cinema aqui (sim, porque coca-cola também já há).


Venham mais folgas, que eu acho que era capaz de me habituar a isto.

Yupiiiiiiii!

Tal como as previsões ontem apontavam, não tenho mesmo trabalho este fim-de-semana.
Eu já não sei bem o que isso é mas parece-me que vou gostar de estar mais ou menos 48 horas sem a máquina e o gravador.

Eu sei bem como podia ocupar estes dois dias, tenho um simpático monte de roupa para passar e definitivamente a casa está a pedir uma limpeza profunda. Mas não, não me apetece. Há tanto tempo que não tinha folgas que as primeiras horas estão destinadas mesmo ao descanso.

Nem mesmo a chuva que está a cair neste momento (e que em qualquer outro dia me irritaria pela certa) me consegue chatear. Quero lá saber... Estou no sofá, com a tv na Fox, acordei naturalmente sem ter que ouvir o despertador e nem tenho que ir para a cozinha porque o almoço está feito (vá, sobrou do jantar, o que é a mesma coisa).

Da Islândia para o Mundo, com amor.







Eu sei que o vulcão Eyjafjallajokull (oi...?) está a maçar muita gente por essa Europa fora mas, caraças (!), imagens destas são simplesmente espectaculares.


"Contra a natureza o Homem não pode".

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Será...?

Eu não quero cantar vitória antes de tempo mas, ao final de mais uma jornada de 32 dias consecutivos a trabalhar e de não ter um fim-de-semana desde Janeiro (?!), parece que é desta... Este fim-de-semana não tenho trabalho.
Mas digo isto em sussurro, 'não vá o diabo tecê-las'...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Obrigada =)

Amizade (também) é quando alguém que está a mais de 2000 km de distância chora só de ouvir a nossa voz ao telefone e diz, mesmo sinceramente, que tem saudades nossas.

Obrigada, Vera, por teres feito o meu dia (o meu e o da C.).

Qual jogo?

Desconfio que fui a única pessoa no país que não viu o Benfica-Sporting de ontem... E não me importo muito.

sábado, 10 de abril de 2010

Já passaram oito anos?!

Bem, esta semana esteve complicado 'alimentar' este bicho... Enfim...

Na quarta-feira, enquanto eu andava pelos corredores de um hipermercado, tive um daqueles encontros inesperados mas que fez o meu dia. Estava eu debruçada a comparar os preços dos iogurtes quando ouço uma voz a dizer o meu nome. Virei-me e lá estava a Filipa! Estudámos juntas no secundário (já passaram oito anos) e na altura éramos quase inseparáveis.
Entretanto a vida afastou-nos, como acontece sempre, e, além das mensagens nos dias de aniversário e de uma vez que nos vimos também de relance para aí há uns dois anos, o contacto entre nós tornou-se praticamente inexistente.

Disse-me que o filho já tem três anos. Eu lembro-me de ela me ter contado por mensagem que estava grávida e depois me ter dito quando ele nasceu mas, infelizmente, eu ainda não conheço o petiz.
Conversámos cerca de cinco minutos (cada uma estava com mais pressa que a outra...), despedimo-nos com um abraço dos sinceros e combinámos pela milésima vez "um café ou um jantar"... Espero mesmo que desta vez se concretize. Deixamos o tempo andar e, quando damos por isso, já passaram anos.

Eu não tenho grandes saudades dos tempos de estudante, prefiro mil vezes a vida que tenho agora, mas é inevitável que por vezes bata uma nostalgia... Tenho saudades da Filipa e do Daniel, e do quanto nos divertíamos quando estávamos juntos.
Mas a vida é mesmo assim e por mais que se diga que podemos controlar e evitar o afastamento, não, não podemos. Faz parte. E nada, mas mesmo nada, regressa. As coisas e as pessoas fazem parte de fases da nossa vida, mas apenas isso... Fases.

Este post é inteirinho para a Filipa e, consequentemente, para o Daniel. (Naquela altura, não existia um de nós sem os outros dois)

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Abençoados sejam os pobres de espírito

Bem, por onde é que eu hei-de começar...? Vamos lá... Ontem, Domingo de Páscoa (em que as pessoas estão muito contentes com o seu "fatinho nº 1" e saem com toda a família para assistir a procissões e fingir que se dão todas muito bem), estava eu com outra colega jornalista a fazer a cobertura do evento (procissão, leia-se) quando fomos alvo de ofensas verbais e eu mesmo de agressão. Passo a explicar... Dois casais de velhos (sim velhos, para gente mal-educada não há cá a simpatia da palavra 'idosos') ficaram muito incomodados por nós estarmos junto a eles a tirar fotografias e acharam por bem começar a ofender-nos. Obviamente, à partida não demos importância e prosseguimos com a nossa tarefa. Uns minutos depois, em que as ofensas nunca cessaram, uma das bestas do sexo masculino resolveu empurrar-me com alguma violência, literalmente, para o meio da procissão, acto que foi acompanhado pela frase "se queres trabalhar vai aí para o meio".
Ora, perante isto, o que é que eu posso dizer mais...?

Recuando à noite de sábado, o cenário não foi melhor. Na igreja, completamente a rebentar pelas costuras, foram vários os comentários menos simpáticos que nós (comunicação social) ouvimos por estarmos a fazer reportagem. (E, convém dizer, tínhamos autorização do responsável para ali estar). Entre empurrões e frases como "não tinham nada que estar aqui" ou "têm que respeitar quem aqui está", de tudo um pouco houve.
Pois bem, nós temos que respeitar tudo e todos, está certo. Mas e a nós, quem nos respeita? Eu tenho pouca paciência para faltas de educação e se muitas vezes guardo a resposta para mim é, precisamente, por ser muito bem formada. Mas tenham lá calma que nós também somos pessoas e só estamos ali porque faz parte do nosso trabalho.

Extremamente interessante é o facto de essas mesmas pessoas gostarem depois de ver as reportagens na televisão e as fotografias nos jornais.
Trabalhar rodeada de gente parva e ignorante não é fácil, acreditem. E, infelizmente, há dias em que eu tenho que me lembrar a mim mesma que gosto muito do que faço.

Enfim... E hoje diz que é feriado cá na santa terrinha. Só para alguns, que eu, para não variar, estou a trabalhar. (Saldo positivo: hoje ainda ninguém me tentou agredir! Mas, tendo em conta que ainda vou fazer fotos a uma procissão, é melhor ter cuidado...)

sábado, 3 de abril de 2010

Trabalho vs Virose

Ora, adivinhem lá quem é que está a trabalhar desde as 09h00 e ainda tem uma reportagem para fazer esta noite, apesar de estar com uma virose qualquer e estar a vomitar desde as 05h da manhã...? Ah pois é...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Eu quero uma destas (parte II)


E, tendo em conta que fui fazer uma reportagem que acabou por não acontecer por motivos alheios à minha pessoa... Se eu hoje envergasse uma peça de roupa com mensagem, seria esta.

(Estou assim que nem posso. Capaz de partir qualquer 'coisita', vá...)

Eu quero uma destas


Às vezes gostava de andar a trabalhar com uma t-shirt destas vestida. Mesmo.
Mas uma vez que não posso... E também, pensando bem, as pessoas a quem se poderia dirigir nunca iriam compreender... (até podem perceber inglês mas não entenderiam a mensagem)


Enfim. Já que falo de t-shirts, muito mais giras que esta são as do Cão Azul, ora espreitem lá: www.caoazul.com

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Desabafos

Hoje venho aqui só deixar um desabafo (mais um...). Estive em reportagem na realização de um programa de televisão (sim, em localidades pequenas é notícia quando um programa de televisão é feito a partir das mesmas) e... Como é que eu digo isto...? Eu entendo que as pessoas tenham orgulho no que fazem ou, neste caso, no local onde trabalham, mas não entendo porque é que acham que podem olhar para os restantes seres do planeta como se fossem os donos do mundo. Desculpem lá a sinceridade mas vocês são é muito tristes, essa é que é a verdade.
Simpático seria se, ao mesmo tempo que o cargo vos sobe à cabeça, subisse também a educação.

E, já agora, aproveito também para dizer que detesto pessoas que me conhecem desde sempre, que passam por mim na rua e nem me cumprimentam mas que quando me encontram em trabalho pedem, com o maior dos cinismos, "oh menina, tira aqui uma foto que eu quero aparecer". Pois... Não tiro. Temos pena.