quinta-feira, 28 de abril de 2011

Hoje falam de nós e não é por causa do FMI



Três equipas portuguesas iniciam hoje a luta por dois lugares na final da Liga Europa. É uma espécie de jogo da cadeira mas sem cadeiras.
Quem quer que saia vitorioso do duelo entre Benfica e Braga, espero que o outro finalista seja o Porto. Isso é que era bonito. Que sejam bons jogos, é o que se pede.


domingo, 24 de abril de 2011

As coisas que eu aprendo (ou como fazer um post estúpido com base num peixe que ronca)

E eu que não fazia ideia que existe um peixe chamado peixe-porco? Diz que ronca, o bicho. Ele há coisas...

sábado, 23 de abril de 2011

É um facto




quinta-feira, 21 de abril de 2011

De como os portugueses são corajosos

Não me lembro de, em qualquer outra época, eu ter sentido realmente medo do dia de amanhã. Verdade, outras crises já assombraram o nosso país mas eu nunca as senti (se tempos complicados existiram, eu – no conforto da casa dos pais – nunca antes dei por eles). Hoje é diferente. Tenho contas para pagar e um frigorífico para manter composto e uma cadela para alimentar e um carro para abastecer e sei lá que mais. Eu, novamente desempregada e sem quaisquer perspectivas de trabalho, estou verdadeiramente preocupada com o que aí vem e é por isso que não consigo conceber que os portugueses (aqueles, sabem, que estão lixados com o FMI?) esgotem os hotéis algarvios por estes dias. Eu sei, quem tem dinheiro faz o que quer com ele e se as pessoas querem comer amêndoas no Algarve é lá com elas. Mas, porra, isto está assustadoramente perigoso para qualquer um, não só para os pobres e desempregados. Veja-se o exemplo da Irlanda… Não são apenas os pobres que estão a sentir a crise, é toda uma classe média alta que, após anos de vida acima das possibilidades, vê-se agora a braços com o desemprego, com a obrigatoriedade de vender grande parte dos bens e com a realidade de que férias, nos próximos tempos, só em sonhos. E, verdade seja dita, quem sempre viveu com o dinheiro contado está calejado. Os ricos é que não estão preparados para perder o que sempre tiveram e é por isso que levam mais tempo em estado de negação perante momentos difíceis, continuando a gastar como se nada se passasse.
No dia em que o FMI aterrou, literalmente, em solo luso, vi uma reportagem em que uma turista holandesa (se a memória não me falha) se mostrava escandalizada com o facto de Portugal estar na bancarrota mas as pessoas almoçarem em restaurantes. Dizia ela: “nós levamos uma sanduiche de casa para comer à hora de almoço, é uma forma de poupar”. Eu não sei se levar a marmita com o almoço para o trabalho seria a solução porque, bem sabemos, o cerne da questão está na mentalidade do português. Pode estar tudo desgraçado mas, seja de que forma for, não pode é faltar dinheiro para ir ao restaurante, à bola e para outros tantos luxos. Basta ver a quantidade de carros novos que rodam por aí ou dar uma vista de olhos nos sites das operadoras móveis – onde podemos ver que os equipamentos mais vendidos são os topo de gama.
Os portugueses gostam de ignorar os problemas até à última, gostam de esticar a corda para ver até onde ela aguenta. Acho que sobeja aquela ideia de que se ignorarmos as coisas, elas deixam de existir (como a morte ou as doenças, há pessoas que pensam que se não falarmos nisso, elas deixam de acontecer). “O FMI? Quero lá saber, deixa-me lá ir ali gastar 1000 euros em quatro dias de férias e que se lixe o FMI, que eles ainda nem decidiram quanto nos vão emprestar.” Custa-me um bocado a perceber mas esse é um problema meu, de facto.
Haja malta optimista que consegue ir comer o folar com os pés na areia, que eu cá nem para ir acampar teria possibilidades neste momento. Até porque não tenho tenda e se há coisa que me dá urticária é o campo e aqueles répteis fofinhos que andam lá no meio das ervas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sobremesa? Sim, obrigada.

Obrigada

S. Pedro, fico desmesuradamente satisfeita por saber que os correios trabalham bem aí em cima. Além disso, é também com especial agrado que vejo que perdeste tempo a ler a minha carta.
Confessa, foi a ameaça da petição, não foi? =)

sábado, 16 de abril de 2011

Carta ao gajo do tempo

S. Pedro:
Como é que eu hei-de começar...? Errr... Opá, que cenas andas tu a fumar? Antigamente, nós sabíamos que existiam quatro estações do ano e a cada uma correspondia uma parte do nosso guarda-roupa. Agora que deste nessa coisa de passar dos 9ºC para os 28ºC mais depressa do que a TVI apresenta uma nova novela, a tarefa diária de escolher a roupa tornou-se uma aventura do caraças. Se uma pessoa tem que sair de casa muito cedo é a loucura completa. Veste-se uma roupa quente porque as manhãs são de Outono - frio, portanto -, mas ao meio-dia já estão 27ºC e nós estamos longe de casa e temos que suportar o calor até voltar ao conforto do lar. Achas bem? E os casaquinhos de malha feitos para a Primavera, coitados, que futuro lhes está reservado? E quem diz os casaquinhos diz as All Stars, que no Inverno metem água e no Verão assam os pés da malta. Toda a gente sabe que as All Stars são o calçado de "meia estação". Não te sentes culpado por prejudicar os senhores da Converse, não? 
Estamos em Abril. Abril! Em Abril, às 21h00, o termómetro do meu carro não pode marcar 24ºC, isso é contranatural. E tanto que eu gosto da Primavera, uma querida que, por um lado, já nos permite estar na esplanada e beber minis sem ficarmos com a garganta inflamada e, por outro, nos livra dos odores corporais que andam por todo o lado no Verão, nomeadamente cheiros que vêm ali da zona das axilas de muito boa gente. Ou seja, a  Primavera é aquele meio-termo que eu admiro (talvez seja mesmo a única coisa na vida em que eu defendo um ponto intermédio), até porque não tenho alergias a pólenes nem nada disso.
Os portugueses não andam malucos a fazer greves e manifestações por tudo e por nada? Ora, se não me deres ouvidos, eu proponho uma petição para que a Primavera volte ao activo, que - coitada - não pode ser mais uma desgraçada apanhada nas teias do desemprego.
Percebeste tudo, S. Pedro? Vê lá bem se o sistema informático está a funcionar correctamente, se não entraram aí uns vírus ou coisa que o valha, e devolve-nos as temperaturas primaveris, está bem? Agradecida.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Não é defeito, é feitio.

Desculpem lá qualquer coisinha mas vou continuar a ser assim. Exceptuando em ambiente laboral (onde algumas vezes engolir sapos é obrigatório), falo quando acho que devo falar, sorrio para quem me apetece e não vou em conversas de circunstância que assentam em interesses escondidos. Felizmente, percebi há muito que não me apetece perder tempo com quem não vai trazer nada à minha existência.    
Nunca fui de ir em rebanhos, sou mais de minorias. Não que me ache melhor que os outros, que não acho, mas porque são poucas as pessoas com quem me identifico e, podendo ser estúpido ou não, são apenas essas que quero na minha vida. E, acima de tudo, não faço fretes nem favores. Gosto, óptimo. Quando não gosto também não finjo o contrário, que não ando cá para enganar ninguém. É uma maçada, é uma merda, mas é o meu feitio. Azar.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Digam-me só... Mas isso interessa a alguém?

A partir do momento em que isto é notícia, eu fico com a certeza que cada país tem a comunicação social que merece.


quarta-feira, 13 de abril de 2011

Não nos estaremos a esquecer de nada?

Ó vida, não te estou a perceber... Já lá vão quase seis meses desde que a porta se fechou, onde raio está a janela que era suposto abrir-se, pá?

Também existe em bom

Há música portuguesa muito má, de bradar aos céus mesmo. Mas, felizmente, nos últimos anos têm aparecido uns projectos tugas que me fazem ter alguma fé. Porque nem todos gostamos de pimbalhadas sem jeito...
Fica um pequeno apanhado das coisas interessantes (opinião minha, obviamente) que se têm feito mas, claro está, são aquelas que não vemos nos programas de televisão nem ouvimos na rádio (excepção para a Antena3, estação que me deu a conhecer quase todas as bandas que aqui apresento).



DIABO NA CRUZ - Gosto das letras e da despreocupação com que dizem "os padres comem putos"


OS GOLPES - Não sei bem porque gosto desta música. Mas gosto.


VIRGEM SUTA - Destes vão duas, que não me consegui decidir.



DONNA MARIA - Acho que o projecto entretanto acabou. Mas era qualquer coisa.


OQUESTRADA - Só porque sim. 


MUNDO CÃO - Gosto tanto que até me irrita...

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A história não era assim, que eu lembro-me

Quando era adolescente pensava muitas vezes naquilo que seria a minha vida uns anos mais tarde. Nunca tive pressa de crescer - afinal de contas, tudo tem o seu tempo -, acho que fiz as coisas quando tinha de ser. Diverti-me o suficiente, pensei demasiado em algumas ocasiões, houve excessos noutras. Tudo normal.
Nunca gostei muito de estudar, sempre fui aquela aluna que sabia umas coisas mas, principalmente aí a partir do secundário, não gostava muito de "marrar" e pronto. Mas tinha noção que estudar era importante e, como tal, tirei o meu curso superior (o único que sempre quis) porque, lá está, "sem um curso não vais a lado nenhum", diziam-me. Agora, quatro anos passados do término do curso, olho para trás e vejo que a minha vida não corresponde àquilo que eu pensava há 10 ou 12 anos. Se tudo tivesse corrido segundo as linhas que eu escrevi - e que acreditava mesmo que se concretizariam -, eu seria agora uma pessoa feliz, com um trabalho gratificante e poderia fazer coisas que certamente elevariam os meus níveis de contentamento (sim, dizer que o dinheiro não traz felicidade fica muito bem mas todos sabemos que não é verdade; até mesmo na saúde, se eu tiver dinheiro posso procurar os melhores especialistas e não me resignar ao que o centro de saúde me oferece). Eu estudei, continuo a enriquecer o currículo actualmente mas, ao que tudo indica, isso não chega. Nem chegará num futuro próximo.
Como disse inicialmente, nunca tive realmente pressa de crescer mas com quase 30 anos ambicionar ter um trabalho não é ter pressa, é só querer uma mísera recompensa pelo caminho que fiz até aqui. Eu não queria ser a melhor, sei que nem queria receber prémios. Eu só queria um trabalho. Poder fazer aquilo que quero desde miúda... Era mesmo só isso.

(E há dias em que o desemprego e a desmotivação, que anda sempre de mãos dadas com ele, conseguem sobrepor-se a qualquer réstia de esperança que ainda paire por aqui.) 

domingo, 10 de abril de 2011

Isto está pior do que eu imaginava


(Se o título não vos for suficiente e quiserem mesmo ler a notícia, é clicar em cima da imagem, está bem?)


E é isto.
Eu não sei o que se passa com as pessoas deste país mas, de facto, caímos numa ridicularia sem fim, em que todos dizem o que lhes apetece e - pior - fazem o que lhes dá na real gana, sem qualquer noção.  


Ficar feliz pelos outros sabe igualmente bem

Hoje foi um dia especial para três pessoas de quem gosto muito. Em todos os casos, por motivos profissionais... A L. começa uma nova etapa, depois de um período de desemprego, e felizmente na área que gosta e na qual se sente bem a trabalhar. Depois, Ele (o 'meu' Ele)  e o H. deram mais uma prova dos bons profissionais que são e tiveram o merecido reconhecimento por um trabalho admirável.
Por qualquer um deles, eu fico tão feliz como se fosse um êxito meu. De coração.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Era um pratinho de bom ambiente, por favor!

Neste meu hobby diário que é a procura de trabalho na Internet, deparo-me com muitas coisas. Umas dão para rir, outras nem por isso. Mas o que me choca realmente é haver empresas que - desculpem a franqueza - com uma grande lata publicam ofertas de trabalho vergonhosas (a meu ver, claro). Exigem milhares de requisitos aos candidatos, sendo por vezes conhecimentos que nem um profissional com 20 anos de carreira consegue ter, e depois oferecem "excelente ambiente de trabalho" e "oportunidade de aprendizagem". Apenas isso. Errr... Porreiro... Só uma questão: e a remuneração? Voltamos a ler e vemos que a última alínea lembra que "as colaborações não serão pagas" porque é uma empresa bebé e blá blá blá...
Corrijam-me se eu estiver errada mas quando falamos de trabalho no sentido de actividade profissional, referimo-nos a um serviço que é pago (chama-se... salário, é isso), correcto? É tudo muito bonito mas a malta alimenta-se de quê? Uma massada de aprendizagem? Ou será uma sande de ambiente? É que não estamos a falar de estágios curriculares. Desses também eu fiz dois e acho muito bem que existam, uma vez que acaba por ser a única forma que os jovens têm de, ainda enquanto tiram o curso, contactar com o trabalho e respectivo mercado.

Eu percebo a questão de serem empresas ainda embrionárias mas acho que é abusivo e desrespeitoso publicar convites à exploração disfarçados de ofertas de trabalho. Se eu abrir uma empresa é óbvio que tenho que estar preparada para, nos primeiros meses, pagar para trabalhar. Mas a  empresa é minha, assim como o interesse em que ela vingue, logo tenho que abdicar do ordenado para que a empresa consiga crescer. Outra coisa muito distinta é eu, dona ou gestora da empresa, procurar pessoas para trabalharem para mim de borla. Pode ser só de mim mas é uma questão de princípios, até porque, que eu saiba, a escravatura no império português foi completamente abolida no século XIX.
Acho extraordinário, pronto. E depois ainda tenho que ouvir dizer que nós somos mimados e armados em coitadinhos e mais não sei quê. Mimados por não querer trabalhar de borla?! Mas há alguém que goste de trabalhar sem receber? Eu já o fiz uma vez e o que ganhei ficou bem à vista. Quando, na minha inocência, depois de alguns meses de exploração, perguntei se haveria hipótese de um contrato... Apontaram-me a porta da rua. É disto que o nosso país é feito.

domingo, 3 de abril de 2011

Aviso: post com palavrões (ou como eu estou irritada)

Epá, put@ que pariu os meus vizinhos mais as obras ao domingo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Também é preciso saber gostar

Acho que já disse aqui por mais que uma vez que o fanatismo, seja de que espécie for, é coisa para me dar urticária. E, no que respeita ao futebol, além da urticária, dá-me vontade de rir. A maioria não se dá conta mas sim, o tipo de comentários proferidos e a forma como muitas pessoas NÃO sabem ver futebol são óptimas provas da falta de inteligência que por aí prolifera.
O Benfica-Porto é no próximo domingo e já correm no facebook inúmeros posts como "até os comemos" ou "não lhes vamos dar o título na Luz". Eu acho piada a isto, a sério. Os benfiquistas até podem não ganhar o campeonato mas o problema deles não é esse... O verdadeiro drama é a possibilidade de o Porto fazer a festa em casa encarnada.
Eu, que portista me confessei há muito, gosto que o meu clube tenha bons resultados, obviamente. Gosto que ganhe campeonatos e que faça jogos memoráveis, mas sei ver futebol. Se o Porto perde, azar, não desato para aí a insultar quem vence. Acho que não é necessário, pronto. E sim, se o Porto pudesse já sagrar-se campeão no domingo era óptimo mas, se não acontecer, não é o fim do mundo. E, acima de tudo, sei que não vou insultar os benfiquistas porque, pronto, se há coisas que eu tenho é educação e alguma sensatez.
E - atenção - eu também critico e condeno quando são os portistas a ofender ou provocar adeptos de outros clubes. Aqui refiro-me apenas aos benfiquistas porque, de facto, por estes dias só tenho visto por parte de benfiquistas comentários provocatórios acerca do clássico de domingo.
Se os portugueses defendessem alguns princípios e ideias como defendem os seus clubes, tenho cá para mim que isto era país para estar mais desenvolvido.