quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

A memória é uma cena que me assiste bastante

Se a vida fosse como nós queremos, teríamos uma espécie de comando que nos permitisse saltar de cada vez que a cena não nos interessasse. E fazer replay. E, acima de tudo, fazer delete. Mas não é.
Passei o dia a tentar ignorar o calendário e a dizer para mim mesma que era uma data igual a tantas outras. Trabalhei, ri, diverti-me, fui para os copos. Mas a verdade é que estiveste em cada pensamento meu. Tu e a nossa história. E o nosso dia, que era este. E, por mais que as distracções do dia-a-dia nos permitam acreditar, por momentos, que podemos esquecer o que nos dói, a verdade é que, chegados a casa, e já sem o burburinho dos amigos e dos bares e dos copos, reparamos que a dor continua lá. E as lembranças também. Era o nosso dia. E já não é mais. 

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