domingo, 9 de maio de 2010

Paciência procura-se

Um dia vou mandar tudo à m****. Ontem podia ter sido o dia.

Estou absolutamente farta de ter gente incompetente à minha volta. É que, por mais que uma pessoa dê o seu melhor e vista a camisola com toda a vontade possível e imaginária, a paciência não é infinita (pelo menos a minha não é). E a minha paciência para pessoas parvas e injustas está quase no limite, não faltam muitas gotas para fazer o copo transbordar.
E o que mais me irrita (mas irrita mesmo muito!) é ter consciência do que faço e da vida que pura e simplesmente eu deixei para trás em prol do trabalho e não ver nem uma pontinha de reconhecimento. Eu sei, agradecimentos não me iriam servir de nada e, aliás, elogios de circunstância eu dispenso, mas, caraças, um 'obrigado' uma vez que fosse seria bem-vindo.

Começo a ficar seriamente preocupada com isto, pois o trabalho que hoje tenho (e que não está muito longe daquilo que sempre quis) devia apenas fazer-me sentir feliz e realizada mas, pelo contrário, está a esgotar-me e a deixar-me triste demasiadas vezes. E pior, tenho-me questionado ultimamente se será mesmo esta a linha da minha vida.
Apesar de no fundo eu saber que o que me chateia verdadeiramente são as pessoas à volta e não o trabalho em si (que sinceramente eu adoro)... Não é fácil darmos o nosso melhor quando à volta os outros não dão nem um quinto do que poderiam. E, inevitavelmente, dou comigo a pensar... "Mas porque é que eu hei-de sacrificar-me se o resto da malta faz pouco (e mal, na maioria das vezes) e levamos todos os mesmos louvores?". E eu não queria pensar assim. Gostava de continuar a acreditar que o esforço e a vontade de fazer sempre melhor trazem as suas recompensas.
Espero que seja apenas uma fase e que, como todas as fases, acabe por passar.

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